Quando a intolerância
impera. Quando a obsessão dos que creem não aceita a opção de não crer. Ou
quando o fanatismo religioso de uma crença não admite opções diferentes das
suas. Quando a crença de uma determinada religião massifica-se e considera-se
superior a qualquer outra concorrência de credo o conflito estabelece-se.
Histórias, dogmas, conceitos, tudo pré-definido pela religião, impedem o
raciocínio do crente e exigem a aceitação do estabelecido pela hierarquia
religiosa. Não questionar, não pensar. Aceitar. Somente crer!!!
E em nome da religião, barbaridades foram
e são cometidas. Cria-se a uma cúpula administrativa religiosa e para a
manutenção do seu poder é exigido o não questionamento por parte daqueles
denominados fiéis. É certo que pensamos ser livres, ter o livre arbítrio, mas
em questões de crença, voltamos sempre à Alegoria da Caverna de Platão. Somos
incapazes de pensar. A cultura religiosa nos é imposta porque somos incapazes
de compreender. Enfim, somos estúpidos. Tudo o que é preciso para crer está
determinado pelos procedimentos religiosos.
Não quero nem questionar dogmas, de
qualquer religião que seja. Seria perder tempo e provocar sentimentos. Porque
crer enfim é um sentimento que atesta a nossa incapacidade de procurar a moral.
Essa moral, como ensinava Sócrates, que poderia ser ensinada e aprendida. E daí
aquele que é mau o é porque não sabe. Mas pela religião é preferível incutir a
moral pelo dogma religioso, impondo restrições, aprendendo limites,
determinando posturas e acrescentando o medo. Enfim, o crente é doutrinado pelo
pavor, pela punição, pela obediência. Pela ignorância. O que não sabemos, para
aquilo que não temos respostas, serve a religião.
Precisamos dos limites religiosos? Somos
incapazes de andar com nossas próprias pernas? Precisamos sempre ter alguma
instituição que nos cerceie o pensamento? Que nos proíba o raciocínio? Que nos
desculpe a ganância, a maldade, a intolerância, o ódio? Precisamos transferir
nossas responsabilidades? Não queremos assumir a culpa de nossas deficiências?
Os valores religiosos que nos são incutidos desde o nascimento nos levam a
aceitar com passividade o não questionamento quando o foco é a religião. Dogma.
Crença. Respeito. Questionar jamais... Duvidar ou não crer é uma agressão...
Abaixo Descartes: você não pensa, mas existe.
Será que simplesmente somos arrogantes demais para aceitarmos a
morte? Falta humildade em nosso comportamento? Ou por egoísmo não queremos
aceitar a finitude da vida? Qual a necessidade de sermos eternos? Somos
cretinos ou estúpidos demais para existirmos como sociedade sem o controle
religioso? Entendendo que o grande norte de todas as religiões é justamente a
promessa da vida depois da morte, fica claro o apego religioso. É a expiação
das culpas e responsabilidades do indivíduo dentro da sociedade. Vida depois da
morte. Fácil assim. Sem prova alguma. Uma assertiva que não permite contestação.
Somente uma palavra: Crer. Questionar jamais. Simplesmente aceitar e acreditar.
Aceitar a hipocrisia que alguma instituição religiosa qualquer possa lhe
desculpar todas as atitudes feitas contra seus semelhantes e garantir uma vida
eterna sem culpas. Pensar o contrário ou desconfiar disso é desrespeitoso...
A espécie humana dentro da biodiversidade
do planeta, por pensar mantém a sua supremacia. Esta capacidade de pensamento
permitiu a análise e o conseqüente entendimento. A compreensão do habitat levou
a exploração. Permitiu às descobertas. Preparou o conhecimento, que a cada vez
mais em velocidade exponencial, se auto-alimenta e com ajustes, retorna para a
própria sociedade em forma de hábitos de vida. Com isso saímos das cavernas e
estamos indo ao espaço. Tenta-se compreender o universo. De onde viemos e para
onde vamos. (Quo vadis?) Sempre questionaremos. É talvez aqui, a nossa busca
pelo eterno. Nossa carga genética querendo sobreviver, procurando os meios e
soluções para isso. E cada vez mais servirá menos a explicação religiosa. Ou os
limites impostos por ela.
Observação: A palavra "FÉ", foi substituída pelas palavras "crença e crer". Por quê "FÉ", significa "FIDELIDADE", vem do latim "FIDES".
Observação: A palavra "FÉ", foi substituída pelas palavras "crença e crer". Por quê "FÉ", significa "FIDELIDADE", vem do latim "FIDES".
Neste blog você irá encontrar uma reunião de informações dos mais diferentes seguimentos do saber, das ciências e das artes.
Espero que gostem, aguardo seus comentários e sugestões. z3fatosemfoco@gmail.com
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