domingo, 21 de agosto de 2011

Manuscritos Bíblicos do Novo Testamento

Papyrus P66
A Bíblia que você lê (primeira parte)

Ao  desafiar a leitura fundamentalista da Bíblia, proponho mostrar a origem das Escrituras cristã e como ela chegou até nós.
Antes da descoberta da imprensa por Johannes Gutenberg, na Alemanha em 1439, a única maneira de se fazer um livro era fazê-lo á mão, letra a letra, uma palavra por vez. Era um processo lento, mas não havia outra alternativa. 
As cópias dos livros produzidos, diferiam entre si, porque os copistas que escreviam os textos inevitavelmente faziam alterações - mudando as palavras que copiavam, acidental ou por decisão consciente.
Vários tipos de alterações textuais eram feitas nos manuscritos pelos copistas que os copiavam. Consequentemente, uma vez que um texto era mudado pelo copista - acidental ou intencionalmente -, essas mudanças se tornam permanentes em seus manuscritos. A próxima cópia que era feita daquele manuscrito continha as mudanças do anterior e novos erros eram acrescentados. Então, por um processo bola de neve as mudanças textuais se avolumavam e a cópia final era completamente diferente do original.
Mudanças acidentais.
Pelo fato de os manuscritos gregos serem todos redigidos em escriptuo continua - sem pontuação, sem espaço entre as palavras e em letras unciais (maiúscula), o deslizamento acidentais da pena eram frequentes. O copista muitas vezes confundia e a alteração era inevitável.
Codex Vaticanus, escriptuo continua
Mudanças intencionais
As mudanças intencionais fazem parte destes manuscritos, porque foram produzidos por copistas influenciados pelas controvérsias teológicas, políticas e culturais de seu tempo.
De acordo com o exposto acima, dos 315 manuscritos gregos do Novo Testamento produzidos até o século III, não existe dois iguais e as diferenças são tantas que dá para escrever uma Bíblia completa só com essas diferenças.


Nenhum comentário:

Postar um comentário